Por: Luiz Carlos Motta15/08/2022

Voto consciente


Está chegando o momento de escolher os representantes políticos que irão ocupar as cadeiras legislativas e executivas no âmbito estadual e federal pelos próximos quatro anos. E a essa altura você já deve ter ouvido falar sobre a importância do voto consciente. Mas, afinal, o que é isso?

O voto consciente é aquele que leva em conta a decisão segura, baseada no máximo de conhecimento sobre os candidatos, seus históricos de conduta e suas propostas, a fim de confiar o seu voto àqueles que estão realmente aptos a atender o interesse público.

É uma decisão que não deve ser pautada em vantagens pessoais, e sim no bem coletivo. Em vez de pensar: “O que eu ganho com isso?”, o que se deve questionar é: “O que nós, enquanto sociedade, precisamos?”.

Infelizmente, em pleno século 21, ainda é comum que o voto seja tratado como mercadoria. Além de ser ilegal e imoral, a prática de compra e venda de votos é uma afronta à democracia. Ao compactuar com esse tipo de político, você abdica de seu papel de cidadão e cidadã e perde a chance de contribuir para a construção de um Brasil melhor.

Outro problema recorrente é o voto em branco ou nulo. Muita gente acredita que essa é uma forma de protesto. Porém, o que ocorre na prática é a entrega do seu futuro e o da sua família a um desconhecido. E o pior: todos terão de conviver com a escolha alheia, durante pelo menos quatro anos.

Por outro lado, mais brasileiros têm demonstrado interesse em ir às urnas desta vez. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou número recorde de eleitores e eleitoras habilitados em 2022, com aumento significativo em relação às últimas eleições gerais, de 2018. 

O eleitorado nacional cresceu 6,21%, passando de 156 milhões de pessoas. Esse acréscimo superou, inclusive, o crescimento populacional do mesmo período, que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) foi de 1,47%.

Nota-se uma alta particularmente expressiva entre os jovens de 16 a 18 anos, cujo alistamento e voto são facultativos. Somente de janeiro a abril deste ano, o País ganhou mais de 2 milhões de eleitores nessa faixa etária. A elevação reverte uma série de sucessivas quedas desde 2010, o que demonstra uma reação importante dos adolescentes.

Cresceu ainda o número de cadastros entre idosos acima de 70 anos, idade a partir da qual o voto também se torna facultativo. Em relação a 2018, os números saltaram quase 24%, correspondendo a 14,8 milhões de pessoas.

Parte do crescimento desses grupos pode ser atribuída às campanhas do próprio TSE. Mas sabemos que tirar as pessoas de casa, no dia 2 de outubro, não é suficiente.

Devemos internalizar a importância da democracia, como parte da nossa essência cidadã. Mais do que uma obrigação, votar é um direito. Esse é o caminho para que você seja ouvido e representado.

O voto consciente é, portanto, o passaporte para um País mais digno, justo e com equidade para o povo. Leia, pesquise, questione, faça a sua parte!

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